domingo, 31 de março de 2013

BRT Transoeste - Problemas

Ontem, andei por um bom trecho do BRT, do terminal Alvorada até a estação Mato Alto e pude comprovar alguns problemas de manutenção, com menos de um ano de uso, adicionados aos fatos do asfalto cedendo, alagamentos, interdição do túnel e superlotação, já noticiados pela imprensa (aqui, aqui e aqui), além dos acidentes, tanto de pedestres, quanto com motoristas.

Era sábado de manhã. Já estava esperando a resposta, mas resolvi perguntar se havia banheiro no terminal da Alvorada. O banheiro estava em obras e o funcionário do "Posso ajudar?" me orientou a ir num banheiro químico dos funcionários da obra, que, infelizmente, estava trancado com cadeado. Fui noticiado que nenhuma estação tinha banheiro, o que é de se esperar do transporte rodoviário, mas não com a proposta de ser moderno e confortável. Lamentavelmente, sequer o metrô possui banheiros, exceto por algumas estações.


Apesar de ser sábado, fiquei em pé no BRT Expresso. Ao contrário do que diz a propaganda, não achei nenhuma informação sobre regularidade dos BRTs. Fui às cegas rumo a estação CTEx, sem saber se o expresso servia ou não. No interior do articulado, não havia uma guia de estações, como no metrô e a voz que informava a próxima parada estava péssima, era difícil desvendar qual seria a próxima estação, mesmo com nomes familiares, como Salvador Allende e Recreio Shopping. O detalhe é que havia uma televisão com programação inútil...

Não espere algo desse tipo no interior do BRT
Percebi, então, que o BRT Expresso não pára na estação CTEx, o que não foi um grande problema, na verdade, pois a estação Mato Alto era perto dali e é do sistema expresso. Desembarquei lá, após uma grande freada e curva, possivelmente devido a algum buraco próximo à parada, e, na estação sim, havia um mapa com as outras estações. Retornei 2 estações com o serviço parador, o qual estava com a voz funcionando bem melhor. Ninguém da estação sabia informar sobre a linha alimentadora para a restinga da Marambaia, então peguei um ônibus convencional, mas, no caminho, percebi que a linha alimentadora de fato existe (número 874A) e estava funcionando, apesar de só ter visto uma ao longo de todo o caminho, provavelmente a única em circulação. Ainda por cima, li que a linha, de 1 em 1 hora sobe a serra da Grota Funda, o que é uma piada, já que um serviço de 1 em 1 hora não adianta nada para o morador da serra e só atrasa quem quer ir para outras estações (pode ser que tenha entendido errado e que ele pare perto da estação Ilha de Guaratiba antes de subir a serra, o que é mais lógico. Mas, como a parada é na estação Pontal, dá a entender que a integração seria lá; não consegui informações sobre essa linha alimentadora) .

Linha Alimentadora do BRT
Na volta, percebi que a porta da estação Ilha de Guaratiba estava rachada e emperrada, ou seja, era possível sair da estação e ir para o meio da pista e vice versa. Peguei a linha parador e uma das portas do veículo estava demorando a abrir. Por uns três cruzamentos, o BRT pegou sinal fechado, o que pode ter sido apenas uma infeliz coincidência ou ser falta de planejamento mesmo, apesar de ser dito que os sinais são sincronizados. Aliás, o motorista estava dando aquela famosa "ameaçada" quando o sinal do cruzamento estava para abrir, o que pode ajudar a entender, apesar de não justificar, alguns acidentes (infelizmente, nessa cidade, deve ser adotada a direção defensiva, ou seja, prever que haverá desrespeito de outros motoristas).

O sistema parador me pareceu vantajoso apenas na situação de engarrafamentos, pois vi ônibus convencionais ultrapassando. Deve ser dito que o expresso, ao contrário, estava até mais rápido que os automóveis em alguns trechos, parecendo ser, sim, uma opção real. Uma crítica ao sistema parador, além do azar com os sinais, foi a quantidade de estações próximas, umas das outras, na altura do Recreio. Era como se eu estivesse num sistema convencional, que parasse em todos os pontos.

Concluindo, além das notícias do asfalto cedendo, pude comprovar que o sistema, apesar de novo, já tem problemas de manutenção em carros e estações, ainda peca na orientação ao passageiro e parece não estar com uma freqüência adequada para a demanda, ainda mais quando acabarem com algumas linhas que vão de Jacarepaguá até o Recreio para torná-las alimentadoras, o que deve inserir ainda mais demanda no atual contra fluxo. Provavelmente, quando estas linhas tornarem-se alimentadoras, teremos lotação em ambos os sentidos no horário de pico.

domingo, 10 de março de 2013

Ciclovia Jacarepaguá-Barra - Condições em 10/3

Continuando o post sobre a Ciclovia Jacarepaguá-Barra, fiz novamente uma inspeção ao longo da ciclovia, para compartilhar com os usuários como anda a ciclovia com a obra da Transcarioca.

Sinalização a que me referi no post anterior... Faz falta
O trecho próximo à Avenida Embaixador Abelardo Bueno continua péssimo, mas eu prossegui dessa vez, para ver as condições na Barra propriamente dita. Para atravessar a Abelardo Bueno, é preciso ter cuidado, trafegue junto aos carros no canto no sentido Barra, já no sentido Jacarepaguá, não sei muito bem o que fazer, pois essa opção seria na contra mão, eu realmente não vi outra solução senão sair correndo no intervalo de um sinal pro outro e esperar infinitamente na contra mão por uma brecha no canteiro para completar a travessia.


Trecho na altura da Abelardo Bueno, no sentido Jacarepaguá. Detalhe  que ainda tinha um caminhão pra piorar as coisas
Passando dali, há um trecho em bom estado, acredito que tenha sido iniciativa do condomínio ou centro empresarial bem ali da esquina, que pegou um bom pedaço da calçada para si. Seguindo em direção ao Via Parque, está como antigamente, alguns buracos, mas nada preocupante. Atravessando no sinal na altura do Etna (para pegar a ciclovia, que continua na pista central), tenha cuidado com os avanços de sinal. Ali o sinal demora muito e de bônus é pouco respeitado. Não concordo com esse desenho, por mim, poderia continuar até o Barra D'Or e aí sim, atravessar. No desenho real, é preciso atravessar esse sinal "esquecido" e ainda esperar o mesmo sinal abrir para que feche o sinal do retorno e o ciclista seguir em frente. Este pedaço está muito ruim e sem sinalização, na volta, cheguei a passar direto do sinal e pedalei em areia fofa. Até o hospital Lourenço Jorge, a ciclovia segue contínua, apesar de terem arrebentado boa parte, fizeram remendos e dá para prosseguir. 



Cuidado com os postes no meio do caminho


Depois do Makro, há alguns buracos preocupantes...


Chegando próximo ao Lourenço Jorge, o pedaço que considero crítico. Chega a um ponto sem saída que dá num contâiner da obra e um banheiro químico, depois percebi que tinha uma saída para a rua (para a contra mão) mais atrás.

That was the end of the line
Saída à esquerda, pela pista do BRT e, depois, pela contramão da Avenida Ayrton Senna, pra esperar no sinal quase no meio da rua

Lama pura na primeira travessia.

Calma, também não é o fim da linha. Tem "caminho" do lado desse tapume
Ao lado da churrascaria Pampa Grill, há muita lama e pouco espaço (ainda mais que é espaço para ciclista, pedestre e funcionários da obra), siga com cuidado, principalmente no fim da faixa, que tem um monte de terra e pode escorregar.





No trecho da Vila do Pan até a Gardênia, recomendo ir paralelo à rua do Sesc, para evitar aquela manobra perigosa que comentei no post anterior e o ponto de ônibus. Apesar de andar um pouco a mais, compensa bastante e é bem menos perigoso.

Vista panorâmica bem legal indo pela ciclovia do Sesc, detalhe pra Igreja da Penna à esquerda

Aí, tá lisinha
Fim de volta. Bicicleta offroad elameada.